Mais uma vez, nosso grande estilista, Alexandre Herchcovitch, fazendo uma avaliação de importância singular. Vejam essa matéria:
Certa vez, em palestra na Feevale de Novo Hamburgo, o estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch afirmou que o Brasil, até a pouco tempo, era conhecido pela exportação de calçados, sobretudo o sul do país, e pela exportação e lançamento de novas matérias primas para esse fim. Mas, atualmente, além de vender um bom calçado, o país está tentando exportar um calçado com design, que é o que conta verdadeiramente hoje. Pois, o Brasil já é apto a consumir e também produzir artigos que não carregam mais aquela aura de cópia, e sim criações legitimamente nossas.
Certa vez, em palestra na Feevale de Novo Hamburgo, o estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch afirmou que o Brasil, até a pouco tempo, era conhecido pela exportação de calçados, sobretudo o sul do país, e pela exportação e lançamento de novas matérias primas para esse fim. Mas, atualmente, além de vender um bom calçado, o país está tentando exportar um calçado com design, que é o que conta verdadeiramente hoje. Pois, o Brasil já é apto a consumir e também produzir artigos que não carregam mais aquela aura de cópia, e sim criações legitimamente nossas.
Se há uma identidade na moda brasileira, ela está arraigada às nossas múltiplas personalidades, facetas e estilos. Aqui se encontra o universal no local. A moda brasileira deve se fortalecer na antropofagia cultural, abandonando clichês e abrindo a mente. Na moda, referências são tudo!!!
Realmente o cenário das exportações brasileiras vem se modificando nos últimos anos. E essa mudança se deve, em grande parte, à competição com os países asiáticos, que são grandes produtores e exportadores de vestuário e calçados, o que dificulta a entrada do produto têxtil brasileiro no mercado externo. O custo dos produtos asiáticos é muito menor, e não temos como competir com a mão de obra de valor baixíssimo deles.
Há pouco tempo atrás, presenciamos o fechamento de fábricas do setor calçadista em Novo Hamburgo, RS, e de outras empresas do setor têxtil em diferentes localidades do Brasil, devido à concorrência sem parâmetros da China. O Brasil, diante deste gigante, não tem como concorrer no quesito manufatura.
Contudo, a conseqüência que emerge diante deste fato é o aumento na qualidade dos produtos. O Brasil começa a garantir boa parte de suas exportações em mercadorias com maior valor agregado, que se destacam por características mais ligada à moda e ao design. Este é o momento das indústrias e marcas investirem em estilistas e em consultores de moda e de tendências, para que o produto não seja mais uma mera cópia, e sim único, vendável e de qualidade.
Assim, a estratégia nacional frente às exportações relaciona-se com a incrementação do design e estilo, fazendo com que os designers, enfim, tenham oportunidade de criar com base em suas referências. Dessa forma, cada vez mais se formará uma imagem da moda e estilo brasileiro, amadurecendo o conceito de uma moda genuinamente nossa lá fora.
No final dos anos 90, os estilistas brasileiros já faziam uma roupa com mais expressão de moda, o que despertou o olhar estrangeiro para o “cenáriofashion” nacional. Em 2000, a moda brasileira já era comentadíssima pelos principais circuitos da moda mundial. E de lá pra cá, jornalistas de diversos países tem vindo para acompanhar o São Paulo Fashion Week. De repente, a cultura brasileira está em alta graças à influência da mídia internacional, que culmina no “Ano do Brasil na França” (2005).
Fonte: http://www.modamanifesto.com/index.php?local=detalhes_moda&id=557
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