Nykhor Paul |
Olá pessoal!
É triste ter que chegar ao ponto de pedir desculpas aos maquiladores por não ter produtos para a sua cor de pele. Leia trecho dessa matéria:
A carta começa: "Caras pessoas brancas no mundo da moda", e pormenoriza em seguida a frustração de Nykhor Paul, modelo sul-sudanesa que é refugiada nos Estados Unidos, por não ser tratada de forma igual que as suas colegas de tez clara. "Por que é que tenho que trazer a minha própria maquilhagem para um desfile de moda quando todas as outras raparigas brancas não têm que fazer nada além de aparecer?" pergunta-se Paul.
É triste ter que chegar ao ponto de pedir desculpas aos maquiladores por não ter produtos para a sua cor de pele. Leia trecho dessa matéria:
"A modelo Nykhor Paul exprimiu, numa carta aberta que publicou no seu Instagram, o seu desagrado e a sua revolta para com os maquilhadores dos desfiles de moda de alta costura que, afirma a modelo, não estão preparadas para lidar com a tez negra.
"Estou definitivamente super cansada de pedir desculpa por ser negra!", escreveu Paul na sua publicação, em que explica que, muitas vezes, as maquilhadoras dos desfiles e sessões fotográficas não têm o material necessário para maquilhar pessoas negras. "Um bom maquilhador prepara-se e faz pesquisa antes de vir trabalhar, porque muitas vezes já se sabe o que se espera, especialmente num desfile".
"Isto aplica-se a Nova Iorque, a Londres, a Milão, a Paris, à Cidade do Cabo, e a todos os outros sítios que têm problemas com a tez negra", acusa a modelo de 25 anos que já desfilou por marcas como Balenciaga, Rick Owens e Vivienne Westwood. A revista online Jezebel sublinha que 80 por cento das modelos que desfilaram nas passerelles desta temporada Outono/Inverno eram brancas. "A moda é arte, a arte nunca é racista, devia incluir-nos a todos", apelou Nykhor Paul.
Moda no Brasil
"Você olha ao redor e não vê nenhuma negra, a
única negra que estou vendo aqui sou eu", conta
Mariane Calazan no backstage do SPFW
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Numa sociedade onde a maioria tem a tez negra ou é afrodescendente, com uma multiculturalidade riquíssima e com uma brasilidade singular que vem influenciando a moda internacional, ainda se percebe uma minoria de modelos negras nas nossas passarelas da moda.
Rolou mais uma temporada do SPFW nesse mês e, novamente, o número de modelos negros nos desfiles foi baixíssimo. Dos 35 desfiles apresentados, 9 marcas não trouxeram modelos negros às passarelas e o recorde de negros desfilando na temporada – apesar de muito pequeno – foi nos desfiles da Ellus e Cavalera, cada uma com 7 negros no casting em desfile com 46 e 49 looks, respectivamente. Essa questão ganhou força na moda brasileira em 2009, depois de uma temporada de desfiles que contou com apenas 8 modelos negros entre 344 – um número não muito distante deste outono-inverno 2015.
SPFW pode adotar políticas de cotas raciais
A polêmica sobre os negros na moda voltou a ser assunto neste fim de semana. Uma reportagem publicada no jornal “Folha de S.Paulo” de domingo (12/04) fala da proposta do Ministério Público que prevê que todas as marcas do SPFW sejam obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles, como se fossem universidades públicas. Segundo a promotora que propôs a idéia, Déborah Kelly Affonso, “o percentual de modelos no evento (em torno de 3%) é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social”, afirma. O assunto, é claro, já rendeu pano pra manga. Paulo Borges, diretor do SPFW, avisou por meio da assessoria que “o fato de ter adotado um filho negro denota, por si só, sua posição política clara contra o racismo – por mais que a relação com o filho não seja comercial”. Já Hélder Dias, dono da agência de modelos negros HDA, acusa abertamente o evento de racismo: “Claro que existe (preconceito). É mais social do que racial. Se fosse um Pelé, um Barack Obama, ninguém iria ignorar”.
Fonte: http://www.lilianpacce.com.br/moda/fashionteca/cotas-raciais-moda-spfw/
Após acusação de racismo, Fashion Rio pedirá mais negros na passarela
O Fashion Rio e representantes da ONG Educafro assinaram, nesta terça-feira (5), termo de compromisso para garantir a presença de modelos negros na semana de moda carioca, após reunião de duas horas e meia, na sede da Defensoria Pública, no centro do Rio.
O termo foi firmado após denúncia encaminhada à Defensoria Pública pela ONG de que os modelos estavam sendo rejeitados na seleção para os desfiles das grifes que se apresentam entre esta quarta e o sábado no Píer Mauá, região portuária da capital fluminense, onde é realizada a temporada Inverno 2014 do evento.
Participaram do encontro representantes da ONG, da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio (Ceppir), o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) e a gerente do departamento jurídico da Luminosidade, Verbana Maciel. Na reunião, foi acordado que a Luminosidade, empresa responsável pela organização das semanas de moda do Rio e de São Paulo, irá encaminhar às grifes a recomendação de que exista o percentual mínimo de 10% de negros em cada desfile. De acordo com a defensora pública, Larissa Dadidovich, os agentes do órgão estarão presentes nos desfiles para verificar que as grifes estão cumprindo o percentual mínimo acordado na reunião. Segundo o presidente do Grupo Palco Mil Sonhos, Leônidas Lopes, nenhuma modelo negra foi selecionada para o evento. Fonte: http://mulher.uol.com.br/moda/noticias/redacao/2013/11/05/apos-acusacao-de-racismo-fashion-rio-pedira-mais-negros-na-passarela.htm
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