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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O MOMENTO DAS MODELOS NEGRAS NA MODA MUNDIAL



Fala-se muito de diversidade na moda e temos notado um aumento na presença de modelos negras em capas de revistas, editoriais, campanhas e desfiles. Para se ter uma ideia, o site theFashionSpot analisou 577 campanhas publicitárias de Primavera 2015 e chegou aos seguintes números: dos 811 modelos, 84,7% eram caucasianos, 5,7% asiáticos, 5,1% negros e 2,3% latinos. Ainda há bastante espaço para melhoria, mas, vendo os dados – mesmo parecendo que não – nota-se que o mercado está, aos poucos, avançando. Se esta mesma pesquisa fosse feita há 10 anos, o número seria diferente.



Os bookers das principais agências festejam as melhorias do mercado. Para Anderson Baumgartner, da Way Model, estava mais do que na hora de a indústria abrir os olhos. “Não só o mercado está enxergando diferente, mas o próprio consumidor abriu os olhos pra essas deusas lindas. Hoje, ver uma modelo negra nas capas das revistas e em campanhas de grandes marcas internacionais mostra que a beleza negra vende, sim! Demorou pra acontecer, na minha opinião, mas graças a Deus chegamos lá. Eu trabalho com modelos há 17 anos e sempre defendi mulheres lindas, independente da cor da pele. Se a menina tiver beleza, altura, corpo e personalidade, ela vai entrar na Way sendo da pele branca, vermelha ou negra”, comenta ele. Já Laura Vieira, da Mega Partners, acha gratificante participar deste momento transformador: “Atualmente, a padronização não está mais em destaque e o mercado tem procurado modelos de diferentes perfis. Acredito que discussões sobre temas como o racismo e a diversidade, bastante abordados de um tempo pra cá, tenham contribuído”.
É interessante ler chamadas do tipo “primeira modelo negra da capa de tal revista” ou “modelo negra abriu desfile de grife em Paris”, exemplos de coisas que não deveriam causar surpresa, mas causam por não serem fatos cotidianos. Felizmente, mais e mais marcas, como Burberry e Balmain, ou, no Brasil, Alexandre Herchcovitch e Farm, para citar apenas alguns nomes, estão abrindo espaço para estas modelos. Estilistas como Jean-Paul Gaultier sempre trabalharam com diversidade. Leonardo Gomes, agente internacional que convive diariamente com grandes clientes de Milão, acha que a verdadeira beleza não tem cor. “O importante é representar o produto ou a proposta da coleção naquele momento”.


Recentemente, a gigante do underwear Victoria’s Secret divulgou uma lista de 10 novas Angels na qual aparecem a americana Jasmine Tookes e a brasileira Laís Ribeiro – ambas negras, uma novidade que não existia na lista antiga. Aliás, Laís, que pelo censo brasileiro é considerada parda, lá fora, no mercado de moda, é apresentada como negra. “Eu tenho muito orgulho da minha cor e fico feliz em acompanhar um momento em que o mercado dá espaço à beleza morena e negra. No Brasil me consideram morena. No mercado internacional me consideram negra. Independentemente de como me classificam, acho justa e necessária a diversidade na moda. É preciso dar espaço a todas as raças”, diz ela. 


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Fonte: http://ffw.com.br/models/noticias/o-momento-das-modelos-negras-na-moda-mundial/


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A noite em que as modelos negras e a moda americana foram reconhecidas


EXCEÇÕES À REGRA
Acima, modelos negros desfilam para o estilista Alexandre Herchcovitch. À direita, modelo negra desfila para a Animale, marca envolvida numa controvérsia sobre racismo. Há esforços, mas a diversidade étnica ainda é limitada (Foto: Rafael Gagliano/Hyset e Ze Takahashi/ AgÍncia Fotosite)

Como seria as passarelas de moda brasileira se, ao invés do que acontece hoje, desfilasse modelos com a cara do Brasil?


Por que será que o Brasil demorou tanto para ter uma identidade própria no cenário internacional da moda?
Sem querer polemizar, vamos ver alguns dados importantes. Leiam essa matéria super legal.


Na noite de 28 de novembro de 1973, uma quarta-feira com neve, 720 membros da elite européia e americana foram ao Palácio de Versalhes, a uma hora do centro de Paris, para assistir a um desfile de moda. Às 21 horas, quando as cortinas do teatro foram levantadas e um violino de uma grande orquestra quebrou o silêncio com a abertura de Cinderela, do compositor Prokofiev, convivas como a princesa Grace de Mônaco, o artista americano Andy Warhol e a baronesa Guy de Rothschild, presenciariam um evento seminal. Uma mistura de golpe publicitário, deliciosa batalha de egos inflados, e um dos mais involuntários atos de militância social contra a desigualdade racial nas passarelas. Também foi o momento em que a moda americana moderna passou a ser respeitada por críticos franceses. Os eventos daquela noite são contados, com requintes de detalhes, no ótimo livro “The Battle of Versailles” (A Batalha de Versalhes), da premiada jornalista de moda Robin Givhan, que chega às livrarias americanas nesta terça. 

Já em outro site encontrei essa matéria que, por incrível que pareça, aborda o mesmo assunto com as mesmas preocupações. Vale a pena ler

Em 28 de novembro de 1973, o Castelo de Versalhes foi palco de um desfile que mudou o curso da história. Cinco grifes francesas e cinco grifes americanas apresentaram suas criações para uma plateia abastada no intuito de arrecadar US$ 60 milhões para a restauração do monumento que, desde o século XIX, não sofria uma reforma. A noite, de natureza beneficente, acabou se tornando uma guerra entre o consagrado estilo elegante francês e a nascente indústria de moda americana.


Os estilistas “donos da casa”, Yves Saint Laurent, Hubert de Givenchy, Marc Bohan, Pierre Cardin e Emanuel Ungaro, receberam os convidados com desdém e ares vitoriosos: com duas horas e meia de desfile, tinham o triplo de orçamento, cenários suntuosos, balés e orquestras. Os americanos, Oscar de la Renta, Bill Blass, Anne Klein, Halston e Stephen Burrows, fizeram uma apresentação de meia hora, num único cenário simples e com uma fita cassete servindo de trilha sonora.


Os franceses mostraram seu savoirfaire secular com modelos de alta-costura; os americanos apresentaram vestidos de jérsei e looks esportivos. O desfile dos franceses deu sono na plateia. O dos americanos a levou a aplaudi-los de pé, aos gritos, jogando os libretos com o programa do evento para o alto. Esse é o tema central do livro The battle of Versailles (A batalha de Versalhes), da crítica de moda americana Robin Givhan, que acaba de ser publicado nos Estados Unidos.

Terminei o livro recentemente, e uma questão passou a me perseguir obsessivamente: qual a razão do estrondoso sucesso dos americanos? Não foram certamente as roupas, pois os franceses dominavam muito mais as técnicas que seus concorrentes. Foi, sem dúvida, a maneira com que essas roupas foram apresentadas – e por quem foram apresentadas. Das 36 modelos que desfilaram para eles, muitas das quais por um cachê bem abaixo da média, dez eram negras, quase um terço do casting. Nomes como Amina Warsuma, Charlene Dash, Norma Jean Darden, Bethann Hardison e Pat Cleveland representavam o impacto da cultura negra sobre a sociedade americana, o “black glamour”, naquele início dos anos 1970. A música negra deixava os rincões dos pubs do bairro do Harlem, em Nova York, para revirar o pop. Coreografias sensuais e ritmadas batizadas “voguing” inundavam as pistas de dança da cidade na cadência da disco music.

Com um caminhar militarmente assertivo e charmosos pivôs de bailarina, as modelos negras de Versalhes transformaram o jeito afetado e delicado de desfilar que há 20 anos dava os tons das passarelas parisienses. Elas imprimiram personalidade aos passos das manequins. “Nós passamos a existir como motores e protagonistas da indústria depois daquele desfile”, diz Pat Cleveland. “Quando a plateia começou a bater os pés no chão com força e jogar os programas para o alto, pensamos que tínhamos feito alguma coisa errada. Pelo contrário, havíamos feito tudo tão diferente que criamos um novo padrão do certo.” Detalhe: Stephen Burrows, um dos estilistas americanos que participaram do evento, era negro, o único entre seus pares. Foi tão ovacionado quanto as modelos.


Mais de 40 anos depois da batalha de Versalhes, o que restou dessa conquista? Um retrocesso. Na última temporada de moda de Nova York, Londres, Milão e Paris, que terminou em março, apenas 20% das modelos não tinham etnia caucasiana. Segundo o relatório semestral de diversidade do site The Fashion Spot, 1.908 modelos dos 9.358 recrutados para os 373 desfiles não eram brancos. Em Milão, somente 15,8% eram não caucasianos. Nova York foi a cidade que se saiu melhor no quesito da diversidade, com 24,4%, um percentual aquém da revolução que os americanos imprimiram naquela noite de Versalhes. “Por incrível que pareça, a diversidade ainda é um desafio, um sonho distante”, diz a autora Robin Givhan.



Na semana passada, a principal semana de moda do Brasil, a São Paulo Fashion Week, comemorou 20 anos. Nesse período, o evento conseguiu a façanha de estruturar o setor. As marcas brasileiras agora se organizam para seguir um calendário oficial de produção, distribuição e divulgação de seus produtos. Antes da São Paulo Fashion Week, a organização da moda local era caótica. Cada estilista despejava suas criações no mercado em momentos diferentes, dificultando a programação da cadeia têxtil e dos varejistas. Modelos, agências, fotógrafos, stylists e produtores se profissionalizaram, editores e compradores estrangeiros passaram a enxergar no Brasil possibilidades que iam muito além da moda praia. Como resultado, a semana de moda paulistana tornou-se a quinta em importância na escala mundial. O evento transformou para sempre a indústria nacional.

Mas onde estão as modelos negras da São Paulo Fashion Week? Num país majoritariamente autodeclarado pardo e negro – 96,7 milhões de pessoas, o equivalente a 50,7% da população, segundo o Censo 2010 do IBGE –, as passarelas continuam caucasianas. Às vésperas do evento, a grife Animale envolveu-se num caso de racismo. Uma vendedora de uma de suas lojas em São Paulo teria mandado um garoto de 8 anos sair da porta da butique, porque ali não seria local “para ele vender coisas”. A acusação foi relatada pelo pai da criança, o americano Jonathan Duran, editor financeiro de um banco de investimentos, e causou comoção nas redes sociais. Em nota distribuída à imprensa, a Animale disse que entrou em contato com Duran e “reitera que repudia qualquer ato de discriminação”. Na passarela, duas modelos negras, Natalie Alves e Mahany Pery, apresentaram alguns dos 29 looks da Animale.

Por padrão, de onde deveria sair as nossas referências de moda brasileira?





quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Qual é a COR da moda?

Nykhor Paul
Olá pessoal!

É triste ter que chegar ao ponto de pedir desculpas aos maquiladores por não ter produtos para a sua cor de pele. Leia trecho dessa matéria:

"A modelo Nykhor Paul exprimiu, numa carta aberta que publicou no seu Instagram, o seu desagrado e a sua revolta para com os maquilhadores dos desfiles de moda de alta costura que, afirma a modelo, não estão preparadas para lidar com a tez negra.
"Estou definitivamente super cansada de pedir desculpa por ser negra!", escreveu Paul na sua publicação, em que explica que, muitas vezes, as maquilhadoras dos desfiles e sessões fotográficas não têm o material necessário para maquilhar pessoas negras. "Um bom maquilhador prepara-se e faz pesquisa antes de vir trabalhar, porque muitas vezes já se sabe o que se espera, especialmente num desfile".

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A carta começa: "Caras pessoas brancas no mundo da moda", e pormenoriza em seguida a frustração de Nykhor Paul, modelo sul-sudanesa que é refugiada nos Estados Unidos, por não ser tratada de forma igual que as suas colegas de tez clara. "Por que é que tenho que trazer a minha própria maquilhagem para um desfile de moda quando todas as outras raparigas brancas não têm que fazer nada além de aparecer?" pergunta-se Paul.
"Isto aplica-se a Nova Iorque, a Londres, a Milão, a Paris, à Cidade do Cabo, e a todos os outros sítios que têm problemas com a tez negra", acusa a modelo de 25 anos que já desfilou por marcas como Balenciaga, Rick Owens e Vivienne Westwood. A revista online Jezebel sublinha que 80 por cento das modelos que desfilaram nas passerelles desta temporada Outono/Inverno eram brancas. "A moda é arte, a arte nunca é racista, devia incluir-nos a todos", apelou Nykhor Paul.

Moda no Brasil

"Você olha ao redor e não vê nenhuma negra, a 
única negra que estou vendo aqui sou eu", conta 
Mariane Calazan no backstage do SPFW

Numa sociedade onde a maioria  tem a tez negra ou é afrodescendente, com uma multiculturalidade riquíssima e com uma brasilidade singular que vem influenciando a moda internacional,  ainda se percebe uma minoria de modelos negras nas nossas passarelas da moda.

Rolou mais uma temporada do SPFW nesse mês e, novamente, o número de modelos negros nos desfiles foi baixíssimo. Dos 35 desfiles apresentados, 9 marcas não trouxeram modelos negros às passarelas e o recorde de negros desfilando na temporada – apesar de muito pequeno – foi nos desfiles da Ellus e Cavalera, cada uma com 7 negros no casting em desfile com 46 e 49 looks, respectivamente. Essa questão ganhou força na moda brasileira em 2009, depois de uma temporada de desfiles que contou com apenas 8 modelos negros entre 344 – um número não muito distante deste outono-inverno 2015.

SPFW pode adotar políticas de cotas raciais



A polêmica sobre os negros na moda voltou a ser assunto neste fim de semana. Uma reportagem publicada no jornal “Folha de S.Paulo” de domingo (12/04) fala da proposta do Ministério Público que prevê que todas as marcas do SPFW sejam obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles, como se fossem universidades públicas. Segundo a promotora que propôs a idéia, Déborah Kelly Affonso, “o percentual de modelos no evento (em torno de 3%) é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social”, afirma. O assunto, é claro, já rendeu pano pra manga. Paulo Borges, diretor do SPFW, avisou por meio da assessoria que “o fato de ter adotado um filho negro denota, por si só, sua posição política clara contra o racismo – por mais que a relação com o filho não seja comercial”. Já Hélder Dias, dono da agência de modelos negros HDA, acusa abertamente o evento de racismo: “Claro que existe (preconceito). É mais social do que racial. Se fosse um Pelé, um Barack Obama, ninguém iria ignorar”.
Fonte: http://www.lilianpacce.com.br/moda/fashionteca/cotas-raciais-moda-spfw/

Após acusação de racismo, Fashion Rio pedirá mais negros na passarela


O Fashion Rio e representantes da ONG Educafro assinaram, nesta terça-feira (5), termo de compromisso para garantir a presença de modelos negros na semana de moda carioca, após reunião de duas horas e meia, na sede da Defensoria Pública, no centro do Rio.
O termo foi firmado após denúncia encaminhada à Defensoria Pública pela ONG de que os modelos estavam sendo rejeitados na seleção para os desfiles das grifes que se apresentam entre esta quarta e o sábado no Píer Mauá, região portuária da capital fluminense, onde é realizada a temporada Inverno 2014 do evento.
Participaram do encontro representantes da ONG, da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio (Ceppir), o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) e a gerente do departamento jurídico da Luminosidade, Verbana Maciel. Na reunião, foi acordado que a Luminosidade, empresa responsável pela organização das semanas de moda do Rio e de São Paulo, irá encaminhar às grifes a recomendação de que exista o percentual mínimo de 10% de negros em cada desfile. De acordo com a defensora pública, Larissa Dadidovich, os agentes do órgão estarão presentes nos desfiles para verificar que as grifes estão cumprindo o percentual mínimo acordado na reunião. Segundo o presidente do Grupo Palco Mil Sonhos, Leônidas Lopes, nenhuma modelo negra foi selecionada para o evento.  Fonte: http://mulher.uol.com.br/moda/noticias/redacao/2013/11/05/apos-acusacao-de-racismo-fashion-rio-pedira-mais-negros-na-passarela.htm

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sábado, 4 de julho de 2015

O Black Power volta a influenciar a moda através dos ateltas


O “black power”, visual que exaltava os cabelos crespos e que foi muito popular entre os negros desde os anos 1960 também foi figurinha carimbada no Brasil durante a segunda metade do Século XX.



Especialmente a partir da década de 70, depois da explosão, nos EUA, do movimento Black Power – que combatia o racismo e o preconceito no país e enfatizou o orgulho racial dos negros -, o Brasil, grande consumidor da cultura norte-americana, foi 

atingido pelo movimento. Uma das marcas registradas entre músicos, artistas e até atletas negros do país ianque era justamente o denso cabelo crespo. Em terras brasileiras, virou mania.

Paulo César Caju

Em 1968, os atletas Tommie Smith e John Carlos, campeão e terceiro colocado, respectivamente, dos 200m rasos na Olimpíada do México, ergueram os punhos cerrados (símbolo do grupo Panteras Negras) no pódio durante a execução do Hino Nacional dos EUA. O gesto fez os dois perderam a medalha, por não serem permitidas manifestações políticas durante os Jogos, mas foi a primeira vez em que um fato como esse aconteceu no esporte.


Na primeira metade dos anos 70, muitos foram os negros do Brasil que aderiram ao penteado, especialmente aos jogadores do futebol. Jogadores como Jairzinho, Júnior, Ademir da Guia, Paulo Cesar Caju, Rodrigues Neto, Nilson Dias, Miguel e até o atual técnico Vanderlei Luxemburgo, ex-lateral-esquerdo, entre tantos outros, tornaram-se portadores do portentoso penteado, imortalizado também pela explosão da música Disco, no mesmo período.

Jairzinho
Fonte: http://futrio.net/wp/35154527-a-cultura-do-futebol-o-black-power-em-campos-brasileiros
















Pessoas com muita grana que poderiam fazer o que quiser dos seus cabelos, preferem marcar presença com o estilo afro, revelando uma beleza que vem influenciando o mundo fashion de forma impressionante. Desde atletas do mundo do futebol, esporte que envolve o maior número de pessoas em torno do planeta, até mesmo artistas de novelas ou teatros, acabam que agregando muito valor quando exibem os seus modelos e estilos africanizados.




sábado, 30 de maio de 2015

Adeus às chapinhas...?

Cabelo afro e cacheado está em alta entre famosos e também nas passarelas

Olá pessoal
Como não valorizar uma  matéria como essa que, além de reforçar o nosso trabalho em relação ao resgate da identidade brasileira "Tippo Brasil", aborda personalidades tão carismáticas e emblemáticas para a africanidade brasileira que estão, definitivamente, abolindo às "chapinhas".
Vejam essa post do site uol:

Conhecidos, também, por serem mais ressecados, os fios afro necessitam de cuidados específicos, já que apresentam menor maleabilidade e ainda possuem maior "frizz" --aqueles indesejáveis fios arrepiados--, que pode ser controlado, ao manter os cabelos mais hidratados.

Durante as últimas semanas de moda em São Paulo e no Rio de Janeiro, o visual cacheado esteve presente nas passarelas. Na TV, as atrizes da novela "Em Família" (Globo), Erika Januza, Lica Oliveira e Elina de Souza também abusam dos fios volumosos, assim como Taís Araújo, que assumirá os fios afro na próxima novela das sete, "Geração Brasil". Já a atriz Lupita Nyong'o, atual queridinha dos fashionistas, investe em um visual mais moderninho, cheio de estilo.

"Por não ter uma forma lisa na estrutura, a oleosidade do couro cabeludo não percorre toda a extensão do fio e ,com isso, os cabelos afros tendem a ser mais ressecados nas pontas", explica Fernando Paolo, cabeleireiro especialista em visuais afros do Studio Fernando Fernandes, em São Paulo. Esse é um dos principais motivos que interferem no aspecto saudável dos fios crespos. A seguir, veja alguns cuidados básicos e sugestões de produtos que potencializam a saúde do fio crespo:



Rotina de cuidados

Como os cabelos são mais volumosos, os cuidados incluem tratamento reconstrutor, uso diário de xampu, condicionador e leave-in específico, além de protetores térmicos, quando os cabelos forem expostos ao calor do secador. Esses produtos fazem com que os fios fiquem mais brilhantes e com volume ideal. "O fio afro precisa de nutrição específica, com peso molecular menor para conseguir uma maior recuperação. O ideal é fazer hidratações profundas a cada 15 dias, com produtos indicados para o cabelo afro", orienta Paolo. 



Para as mulheres que colorem os fios, vale ressaltar que a química nos cabelos cacheados deve ser diferenciada e a saúde do fio interfere na coloração. "Os tons de dourado, acobreados e vermelhos ficam ótimos", indica Waleska Zanyour, cabeleireira da Werner Coiffeur, no Rio de Janeiro.
Depois de quimicamente tratados, os cuidados com as madeixas devem ser redobrados e para os demais processos químicos, como alisamentos e relaxamentos, os fios precisam ser avaliados por um profissional e os procedimentos não devem ser realizados em casa. "A fórmula para estes processos é extremamente forte. A combinação de tintura e alisamento ou relaxamento pode ocasionar a quebra dos fios", explica Sonia Nesi, cabeleireira no salão de mesmo nome, no Rio de Janeiro. 

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A maquiadora e cabeleireira Carla Biriba quis explorar ao máximo os guetos, que serviram de inspiração para a coleção da Ausländer. O cabelo frisado, da foto acima, foi elaborado com muitos grampos próximos ao couro cabeludo. Os acessórios ficaram presos aos fios durante uma hora e, depois, retirados. A raiz, lisa, leva apenas spray, assim como o cabelo todo. (Fonte: UOL)

 



domingo, 24 de maio de 2015

Tendência afrobrasileira envade as passarelas da moda

Olá pessoal!
Estamos de volta com mais essa postagem bem brasileira ou melhor, africanizada com brasilidade. Parece um tanto exacerbado tecer tantas menções afro-identitárias porém, quem trabalha no mundo da moda sabe de que estamos falando. 
E nessa postagem super especial, quase que uma homenagem à "criolofashion", na qual me enquadro com muito orgulho, vamos mostrar algumas imagens que retratam a influência fortíssima de grandes artistas pela volta ao "orgulho negro" dos anos 1970, além de dicas sobre moda e estilo.

Gostaria de abrir esse espaço com esse vídeo lindo sobre essa cor do Brasil:






 A influência dos hábitos dos artistas na mídia televisiva e no cinema, além das publicações em diversas revistas impressas, trouxeram de volta os lindos penteados afro brasileiros e para muitos, foi uma nova "abolição". Um grito de liberdade para expressar sua própria identidade com estilo e graciosidade - o penteado despenteado.





Olha só que show de brasilidade na bombástica SFW 2015, o black power em todos os tons de pele e de olhos.